quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Mateus 8


  1. E, descendo ele do monte, seguiu-o uma grande multidão.
  2. E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.
  3. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.
  4. Disse-lhe então Jesus: Olha, não o digas a alguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.
  5. E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe,
  6. E dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado.
  7. E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde.
  8. E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.
  9. Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz.
  10. E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.
  11. Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus;
  12. E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
  13. Então disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou.
  14. E Jesus, entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste acamada, e com febre.
  15. E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantou-se, e serviu-os.
  16. E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos;
  17. Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.
  18. E Jesus, vendo em torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para o outro lado;
  19. E, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei.
  20. E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.
  21. E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai.
  22. Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos.
  23. E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram;
  24. E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.
  25. E os seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! que perecemos.
  26. E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.
  27. E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?
  28. E, tendo chegado ao outro lado, à província dos gadarenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho.
  29. E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?
  30. E andava pastando distante deles uma manada de muitos porcos.
  31. E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos.
  32. E ele lhes disse: Ide. E, saindo eles, se introduziram na manada dos porcos; e eis que toda aquela manada de porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro, e morreram nas águas.
  33. Os porqueiros fugiram e, chegando à cidade, divulgaram tudo o que acontecera aos endemoninhados.
  34. E eis que toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus e, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse dos seus termos. 


Isso é adorar a Jesus, reconhecer sua autoridade, e foi isso que o leproso fez. Não é ficar cantando e gritando “glória, glória, aleluia”. Depois de curá-lo, observe que Jesus o manda ao templo realizar a oferta que Moisés determinou. Eles ainda estavam sob a Lei de Moisés.
Agora é uma das passagens mais belas e significativas do Evangelho. Quando o centurião se achega a Jesus. É a única vez que vemos relatado que Jesus ficou maravilhado com alguém. Você já reparou o porque disso? Esse centurião estava indo contra Roma, contra os sacerdotes e se colocando em risco ao reconhecer a autoridade de Jesus e ir clamar alguma coisa a Ele pessoalmente. Mas não somente isso, ele foi pedir não por si próprio, mas por um servo, um criado que estava paralítico e atormentado. Jesus ficou maravilhado porque este homem, que nem sequer era judeu, mas romano, já obedecia a seu único mandamento, amar ao próximo como a si mesmo. Aquele romano tinha mais fé que qualquer judeu que estava sob a Lei de Moisés e a fé é inerente à Graça, à “Nova Aliança”. Aproveitando do exemplo desse centurião, tem um ditado popular que diz: “Quem dá aos pobres, empresta a Deus”. Isso também existe nas Escrituras e vai mais longe: “Ao SENHOR empresta o que se compadece do pobre, Ele lhe pagará o seu benefício” (Provérbios 19:17).
            Porque Pedro não levou a sogra na sinagoga para ser curada, como ocorre hoje? Porque precisa levar ao templo se Jesus curava em qualquer lugar? Cuidado com os lobos...
O escriba não continua a seguir Jesus, porque Ele não tem nada material pra dar em troca, não tem nem onde pousar a cabeça. Já o outro discípulo, deixa de sepultar seu pai para segui-lo. As pessoas têm de ser cuidadas enquanto estão vivas.
Os gadarenos expulsam Jesus da cidade após o ocorrido com os porcos, pois se importavam mais com os porcos, que iam servir de comida e lucro, do que com o que Jesus podia oferecer.  Muito parecido com pastores de hoje em dia quando a verdadeira e sã doutrina de Jesus chega a suas instituições. Eles tremem de medo de perder a fonte de lucro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário